“E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro
cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum
vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.
E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do
Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o
poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra,
nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os
servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e
quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de
Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúbem,
doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados; da tribo
de Aser, doze mil assinalados; da tribo de Naftali, doze mil
assinalados; da tribo de Manassés, doze mil assinalados; da tribo de
Simeão, doze mil assinalados; da tribo de Levi, doze mil assinalados; da
tribo de Issacar, doze mil assinalados; da tribo de Zebulom, doze mil
assinalados; da tribo de José, doze mil assinalados; da tribo de
Benjamim, doze mil assinalados.” (Apocalipse 7.1-8)
Esse capítulo começa de maneira dramática: quatro anjos retardam os
ventos do juízo, mas estão evidentemente a ponto de soltá-los. Aí
aparece um outro anjo que lhes ordena, em alta voz, que interrompam a
danificação da terra, do mar e das árvores, “até selarmos em suas
frontes os servos do nosso Deus” (Ap. 7.2-3). Que os quatro poderes
destruidores, representados pelos quatro ventos, não possam
simplesmente lançar-se a esmo sobre a terra prova que o Senhor mantém o
controle sobre a execução do juízo e o exerce com extremo cuidado.
Quando se fala aqui em “quatro ventos” (ventos de juízo), não somos
imediatamente levados a pensar nas tempestades que têm assolado muitas
regiões do mundo?
Quem é o outro anjo que aparece?
Ele dispõe de grande autoridade, pois ordena em grande voz aos quatro
anjos. Aqui está escrito algo singular, que normalmente não é dito de
nenhum outro anjo, mas parece indicar que este não é outro senão o
próprio Jesus Cristo: “Vi outro anjo que subia do nascente do sol...”
(Ap. 7.2). Somente se lê algo semelhante, no sentido negativo, da
“besta” e do falso profeta (compare Ap. 11.7 e 13.11), sendo que estes,
entretanto, sobem respectivamente do abismo e da terra e não podem
chegar além da terra. Mas, Jesus Cristo sobe “do nascente do sol”.
Aí vemos resplandecer profeticamente o futuro de Israel. Malaquias o
viu da seguinte forma: “Mas para vós outros que temeis o meu nome
nascerá o sol da justiça” (Ml 4.2a). Esse outro anjo é muito mais
elevado do que os quatro anjos do juízo, ordenando-lhes com “grande voz”
que continuem a segurar os quatro ventos da terra.
Evidentemente, os quatro anjos foram encarregados de soltar os ventos
sobre a terra madura para o juízo. Mas aí é dada repentinamente uma
outra ordem que tem precedência. O outro anjo, Jesus Cristo, lhes ordena
que parem. A ordem desse outro anjo tem prioridade, e essa também é uma
prova de que Ele é o Filho de Deus, pois em Colossenses 1.18 está
escrito: “Ele é o princípio, o primogênito entre os mortos, para em
todas as cousas ter a primazia”.
Uma seleção de Israel é selada
É como um “intermezzo” divino, uma pausa, uma interrupção dos juízos de
Deus que se abatem sobre a terra. A graça de Deus irrompe e manifesta-se
a uma determinada categoria de pessoas. Aliás, isso ocorre exatamente
no meio do período de juízo dos sete selos e do período de juízo das
sete trombetas que se seguem. Apesar do céu e da terra serem abalados e
todo o Universo como que estar desmoronando, há uma pausa nessa
catástrofe cósmica, um silêncio.
Depois João ainda vê algo especial com esse outro anjo que sobe do
nascente do sol: “... tendo o selo do Deus vivo” (Ap. 7.2).
Durante a Grande Tribulação, durante o “dia do Senhor”, é selado um
grupo escolhido de 144.000 de Israel. Realiza-se então algo que acontece
atualmente, antes da Grande Tribulação. Pois toda pessoa que é
acrescentada à Igreja de Jesus Cristo pela fé nEle é selada com o
Espírito Santo. Nenhum homem, mas somente Jesus Cristo pode selar com o
Espírito Santo
O que é o Espírito Santo com que nos Selou? Ele é “... o penhor da
nossa herança até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória”
(Ef 1.14). Portanto, Deus deu Seu próprio Espírito Santo como penhor,
como garantia, para termos certeza de que seremos guardados até o dia da
redenção, até que Jesus volte.
Tais selagens acontecem continuamente desde Pentecostes, quando pessoas
se convertem individualmente. Mas a selagem durante a Grande Tribulação
será realizada em muitos num curto espaço de tempo, ou seja, nos 144.000
de Israel que se convertem depois do arrebatamento
O judeus que retornam atualmente da Dispersão para Israel, talvez
estejam dando o primeiro passo para sua conversão. É o que lemos em
Ezequiel 37.12-13: “Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o
Senhor Deus: Eis que abrirei as vossas sepulturas (= as nações),
e vos farei sair delas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel
(isso acontece atualmente e é um milagre diante dos nossos olhos: mais
de 3,5 milhões de judeus de 103 países já retornaram à sua pátria).
Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir as vossas sepulturas, e
vos fizer sair delas, ó povo meu.” O próximo passo será dado por
Deus mesmo: “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos
estabelecerei na vossa própria terra. Então sabereis que eu, o Senhor,
disse isto, e o fiz, diz o Senhor” (v. 14). A conversão nacional e a
selagem de Israel acontecerão no momento da volta do Senhor Jesus.
Portanto, diferentemente dos gentios, os judeus se converterão
coletivamente e também serão selados coletivamente. Antes, porém de todo
o Israel se converter, uma seleção de 144.000 judeus de converterá na
primeira metade (= 3 ½ anos) da Grande Tribulação. Nossa tarefa em
Israel, e de modo geral em todo o mundo, é preparar espiritualmente os
144.000 para sua conversão.
Quem são os 144.000 selados?
Essa pergunta é importante, pois existem diversas explicações. Vários
expositores não querem de modo nenhum aceitar o que está escrito tão
clara e inequivocamente em Apocalipse 7.4: “Então ouvi o número dos
que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel”. Ao invés de falar
das tribos dos filhos de Israel, tais expositores falam das “tribos dos
crentes fiéis” ou da Igreja de Jesus (que então já terá sido arrebatada)
ou dos seus próprios grupos. As “Testemunhas de Jeová”, por exemplo,
alegam que os 144.000 serão uma elite dentre eles. Mas esta não é a
única doutrina que afirma isso; existem ainda outras. Notável,
entretanto, é que também muitos cristãos têm um preconceito doentio
contra tudo o que é judaico. Para eles está certo que todas as
manifestações de graça prometidas ao povo judeu devam ser entendidas
como se aplicando à Igreja. Naturalmente, isso aos seus olhos, isso não
vale em casos de ameaça de juízo. Essas são deixadas para Israel com
todo o prazer. O Apocalipse, no entanto, distingue claramente entre a
Igreja (por exemplo, nas cartas), os povos (a grande multidão que
ninguém podia enumerar, cap. 7.9) e Israel (por exemplo, no cap. 7.4).
Os 144.000 selados são judeus que creram, que se converterão a Jesus
Cristo durante a Grande Tribulação, isto é, após nosso arrebatamento.
Esses 144.000 selados são intocáveis para a “besta”, que ainda não
poderá se manifestar com toda a sua violência. Voltamo-nos agora para a
primeira metade de 3 ½ anos da Grande Tribulação. Nesse tempo, o
anticristo será o político mais popular que já existiu no mundo. Esse
homem conseguirá juntar árabes e israelenses. A “besta” será tão
poderosa, que ninguém “pode pelejar contra ela” (Ap 13.4b). Ela
trará um período de progresso econômico generalizado, que agora nem
podemos imaginar. Então haverá realmente “Um povo – um reino – um
“Führer” (líder)”. Todos o exaltarão como o que trouxe a paz. Os
israelenses o aceitarão como messias, menos os 144.000, que se terão
convertido a Jesus Cristo e terão o selo do Espírito Santo (o nome do
Pai e do Filho, Ap 14.1) nas suas frontes. Em contraste, a maioria das
pessoas terá a “marca da besta” “sobre a mão direita, ou sobre a
fronte” (Ap 13.16). Mas os 144.000 selados de Israel serão
absolutamente intocáveis para o anticristo.
Quando tiverem passado então os primeiros 3 ½ anos e as nações tiverem
ocupado Jerusalém, sim, o átrio do templo lhes tiver sido entregue
durante 42 meses e começar a “abominação desoladora”, os 144.000, ou
seja, uma delegação deles, adorarão no templo (apesar da “besta” já
estar agindo então com furor). Apocalipse 11.1 fala a respeito: “Foi-me
dado um caniço semelhante a uma vara e também me foi dito: Dispõe-te, e
mede o santuário de Deus, o seu altar, e os que naquele adoram”.
Quem, dentre os gentios, se converter então a Jesus Cristo será
imediatamente preso e executado. O mesmo não se dará com os 144.000
crentes dentre Israel, os quais a “besta” não poderá tocar nem
prejudicar de qualquer maneira
144 = abrigo
Biblicamente, o número 144 significa “abrigo”. Quando se descreve a
Jerusalém celestial, está dito em Apocalipse 21.17 que a medida da
muralha que a envolve é de “cento e quarenta e quatro” côvados.
E quem se encontra abrigado nessa Jerusalém celestial é intocável para o
inimigo. No Salmo 144, Davi também enumera o que o Senhor é para ele: “fortaleza
minha, meu alto refúgio, meu escudo” (v. 2). Quando Davi teve que
fugir de Saul, ele se escondeu na caverna de Adulão (= esconderijo), que
também tem o valor de numérico de 144 em hebraico. O 144° versículo do
Antigo Testamento (Gn 6.6) fala de uma dor que penetra até a maior
profundidade, isto é, até no coração de Deus, que ordena a construção da
arca como abrigo: “então se arrependeu o Senhor de ter feito o
homem na terra, e isso lhe pesou no coração”. Porém Noé achou graça
diante do Senhor (v. 8). E assim, também os 144.000 selados
permanecerão abrigados e ocultos com Cristo em Deus, até ao seu
arrebatamento. Talvez alguns se admirem de que – como as duas
testemunhas, que depois de concluírem seu testemunho, serão mortas e
depois de 3 ½ dias ressuscitadas e arrebatadas – também os 144.000
selados serão arrebatados. Veremos isso mais tarde.
Qual a Tarefa dos 144.000 selados?
Uma coisa é clara: não é em vão que os 144.000 judeus crentes se
converterão, serão guardados e intocáveis depois do nosso arrebatamento.
Não, sem dúvida valem também para eles as palavras do Senhor: “sereis
minhas testemunhas” (At 1.8). Não existem melhores evangelistas do
que judeus verdadeiramente convertidos. Mas a maioria dos judeus
convertidos atualmente, antes do arrebatamento, são como um fruto
colhido antes do tempo. Quase todos não parecem ser nem judeus, nem
cristãos. Mas um judeu não pode se converter já atualmente? Certamente,
se ele se integrar completamente na Igreja de Jesus. Mas isso é muito
difícil para um judeu, pois nessa Igreja de Jesus penetraram muitos
pensamentos gregos, que um judeu não entende. A esse respeito poderíamos
escrever muitas páginas.
Voltando aos 144.000 selados de Israel: é de se supor que já através
deles se cumprirão as palavras de Jesus: “E será pregado este
evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações.
Então virá o fim” (Mt 24.14). Pois imediatamente após a descrição
dos 144.000 selados em Apocalipse 7.4-8: “... da tribo de José, doze
mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil”, seguem-se as
palavras: “Depois destas cousas vi, e eis grande multidão que
ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em
pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas,
com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus
que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (vv.
9-10). Aqui se fala da multidão inumerável de mártires da Grande
Tribulação, que então estarão no céu.
Após o arrebatamento, imediatamente se converterão em todo o mundo
inúmeros cristãos nominais que terão ficado para trás. Eles ouviram a
mensagem do arrebatamento mas não aceitaram em obediência de fé. Esses
convertidos entre as nações serão imediatamente presos e executados,
porque negarão tanto a adorar a “imagem da besta” como a aceitar a sua
“marca” (compare Ap 13.15-17). Além desses, incontáveis pessoas dentre “todas
as nações, tribos, povos e línguas”, que nunca tinham ouvido falar
de Jesus, serão salvas. Através do testemunho de quem, esses bilhões
poderiam se converter?
Por que, afinal, Deus permite a Grande Tribulação?
Primeiramente para que o mundo seja julgado por causa do seu pecado.
Depois do arrebatamento, os juízos de Deus ficarão cada vez mais
intensos, através de “epidemias, fomes e terremotos em vários
lugares” – será terrível. Os profetas do Antigo Testamento viram
esse horror (compare Jr 4.19-20a e Sf 1.15-17). Que ninguém se deixe
enganar por aqueles que falam a respeito da maravilhosa nova Europa.
Não, depois do arrebatamento irromperão violentos juízos de Deus.
Em segundo lugar, através da Grande Tribulação, Deus tenciona levar
Israel a se converter. Por isso Israel terá que passar por esse tempo de
engano por parte do falso messias, que no meio dos sete anos desviará
seu rosto e tencionará aniquilar todos os Judeus. Jeremias profetiza a
respeito no capítulo 30.7: “Ah! Que é grande aquele dia, e não há
outro semelhante é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre
dela.”
O terceiro objetivo de Deus com a Grande Tribulação é pouco percebido:
Um despertamento mundial como nunca houve
Em Apocalipse 7.5-8, se relata que serão escolhidos doze mil judeus de
cada tribo, totalizando 144.000. Com a ajuda desses evangelistas judeus,
Deus produzirá esse despertamento mundial realizando assim outro
objetivo da Grande Tribulação. Arnold Fruchtenbaum, um judeu crente no
Messias, escreve sobre essa maravilhosa tarefa dos 144.000 selados:
“Há uma vantagem no fato de Deus utilizar intencionalmente judeus para
produzir um despertamento espiritual mundial num curto período de três
asnos e meio (esse despertamento se limita à primeira metade da Grande
Tribulação).
Quando se forma atualmente missionários para a evangelização em um campo
missionário estrangeiro, eles precisam primeiro ser treinados
intensivamente em uma escola bíblica ou um seminário, para conhecerem a
Bíblia. Isso leva de três a quatro anos. Mas quando tais alunos de
escolas bíblicas ou seminaristas, através desse estudo, obtêm a
capacidade de pregar a Palavra de Deus ao seu próprio povo, eles
continuam despreparados para trabalhar no exterior. Eles têm que passar
mais dois anos com estudos lingüísticos, pois precisam aprender o idioma
do país onde pretendem pregar o Evangelho. Desse modo, atualmente um
missionário tem que ser treinado por aproximadamente seis anos, até
atender a todos os requisitos necessários para poder anunciar o
Evangelho em uma língua estrangeira.
O grande despertamento de que se fala aqui, acontecerá, entretanto, em
três anos e meio – na primeira metade da Grande Tribulação. Por isso,
não sobrará muito tempo para o treinamento. Por isso, em Sua sabedoria,
Deus escolheu justamente judeus para realizar essa tarefa (eles
recolherão a grande ceifa de Deus. NR). Em todas as partes do mundo
vivem judeus. Todas as maiores línguas mundiais, e também grande parte
dos idiomas menos importantes, são falados em algum lugar por judeus. E a
maioria dos judeus fala no mínimo duas línguas. Além disso, a maior
parte dos judeus recebe bom e sólido ensino das Escrituras do Antigo
Testamento. Eles têm, portanto, de modo geral, se foram educados no
judaísmo, bons conhecimentos dos textos antigo-testamentários.
Algum tempo depois do arrebatamento da Igreja, portanto, 144.000 judeus
de todo o mundo se converterão a Jesus Cristo. Eles já falarão a língua
de que vão precisar. Eles também já conhecerão o Antigo Testamento e
necessitarão somente pouco tempo para aprender sobre o conteúdo do Novo
Testamento. Por isso, já depois de curto espaço de tempo, eles estarão
em condições de pregar o Evangelho (três dias após a conversão de Saulo
de Tarso – depois Paulo – temos em Atos 9.20: “e logo pregava nas
sinagogas a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus”. NR).
Durante a primeira metade da Grande Tribulação, Deus evangelizará o
mundo através desses 144.000 judeus, cumprindo assim a profecia de
Mateus 24:14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o
mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.”
Depois que João viu os 144.000 judeus na primeira parte de Apocalipse 7,
ele também ficou sabendo qual será o resultado do trabalho deles: “Depois
destas cousas vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de
todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante
do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e
clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e
ao Cordeiro, pertence a salvação. Todos os anjos estavam de pé rodeando
o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e, ante o trono se
prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Amém. O
louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o
poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém. Um
dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de
vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor,
tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande
tribulação, lavaram as suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do
Cordeiro, razão porque se acham diante do trono de Deus e o servem de
dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono
estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais
terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro
que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as
fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.”
Depois dos 144.000 judeus, João viu milhares e milhares de gentios e
outros judeus, que durante a Tribulação experimentaram a salvação
através da fé em Jesus Cristo. Através dos 144.000 judeus, Deus
alcançará o terceiro objetivo da Grande Tribulação – o despertamento
mundial.”
Segundo meu entendimento, através disso também se cumprirá o que está
profetizado em Isaías 66.19: “Porei entre elas um sinal, e alguns (isto
é, não todos, somente os 144.000 selados) dos que foram salvos
enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude que atiram com o arco, a Tubal e
Java, até às terras do mar mais remotas, que jamais ouviram falar de
mim, nem viram a minha glória; eles anunciarão entre as nações a minha
glória.”
Pois antes, em Isaías 66.8, fala-se profeticamente da fundação do Estado
de Israel em 1948, e o versículo 10 fala sobre a devolução de Jerusalém
a Israel, que ocorreu no dia 7 de junho de 1967. Depois (vv. 15-16) se
faz referência à Terceira Guerra Mundial e a seguir – portanto, durante a
Grande Tribulação – o Senhor fala repentinamente de missões mundiais,
no versículo acima citado (v. 19). E essa evangelização mundial
prosseguirá então no Milênio através de todo o Israel.
Naturalmente, alguns objetarão: Como poderão converter-se pessoas
durante a Grande Tribulação, se o Espírito Santo com a Igreja de Jesus
tiver sido arrebatado da terra? Resposta: Realmente, o Espírito Santo na
Igreja tem atualmente a tarefa de deter o “iníquo”, o anticristo. E é
certo que o Espírito Santo será retirado da terra com a Igreja por
ocasião do arrebatamento, pois lemos em 2 Tessalonicenses 2.7: “Com
efeito o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja
afastado aquele que agora o detém (o Espírito Santo)”. Por ocasião
do arrebatamento, o Espírito Santo subirá ao céu com a Igreja, ao
encontro de Jesus, como o servo Eliezer conduziu antigamente a noiva
Rebeca a Isaque. Mas esse mesmo Espírito Santo não permanecerá inativo,
pois agirá na terra nos e com os 144.000 selados sobre “todas as
nações, tribos, povos e línguas” – e será salva uma “grande
multidão que ninguém podia enumerar”. Quando falamos da Grande
Tribulação, pensamos principalmente em um tempo muito escuro. Mas,
trata-se também de um período luminoso, claro, justamente por causa do
despertamento, como nunca antes houve!
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